quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

No Brasil ou no Egito, a defesa da democracia não pode ser relativa!


Noivos nas barricadas do Cairo


Em entrevista à jornalista do jornal O Globo, Fernanda Godoy, publicada em 07 de fevereiro de 2011, o sociólogo egípcio Saad Eddin Ibrahim, professor visitante na Universidade de Drew, em Nova Jersey, afirmou que Brasil, Índia e África do Sul desapontaram os militantes pró-democracia daquele país. Eis a resposta do professor quando questionado sobre as razões dessa decepção.

“Porque esses são países do Terceiro Mundo. Se eles tivessem tomado uma posição em defesa da democracia no Egito, teria sido recebido de outra maneira. Todas as vezes que os EUA ou a Europa falavam em democracia, os representantes do regime gritavam: ’Imperialismo!’, ‘Colonialismo!’. Mas se a Índia, o Brasil, ou a África do Sul tivessem ficado do nosso lado, como nós fizemos quando eles lutavam contra o apartheid ou a ditadura militar brasileira, se esses países, que são democracias emergentes, sem aspirações colonialistas, tivessem se colocado do lado da democracia, teriam nos ajudado muito. O governo não poderia dizer que estávamos convidando a uma intervenção.


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