O Cristo é um monumento da cidade ou um monumento religioso? Se as duas respostas forem corretas, será possível compatibilizar esta ambivalência?
O monumento do Cristo Redentor foi inaugurado em 1931. Ele substituiu uma estrutura anteriormente existente que abrigava os visitantes daquele ponto de apreciação da paisagem da cidade. Um concurso realizado em 1923 escolheu o projeto do engenheiro Heitor da Silva Costa, em que o Cristo segurava uma cruz e o globo terrestre. Carlos Oswald colaborou na definição da forma do cristo com os braços abertos. A execução das mãos e da cabeça da foram do escultor francês Paul Maximilian Landowski. Os recursos para a construção foram obtidos através de uma campanha nacional para arrecadação de fundos, que foram entregues em paróquias de todo o Brasil.
Uma vez concluído, o Cristo tornou-se um símbolo da cidade, visitado por milhares de turistas todos os anos. Ao longo de sua existência já passou por algumas restaurações, bancadas por fundos privados e públicos. Nas últimas décadas acentuou-se muito essa característica de marco turístico, ficando o aspecto religioso um pouco em segundo plano. A figura que se vê no alto do Morro do Corcovado ganhou em humanidade, freqüentando todo tipo de imagens relativas à cidade, de charges em jornais ao cristo mendigo da Beija-Flor, de cartões postais a campanhas de soerguimento da autoestima carioca.
No entanto, ultimamente a igreja católica decidiu reforçar o aspecto religioso do monumento. Celebrações religiosas, que antes se resumiam ao interior da pequena capela existente aos pés do Cristo, ganharam o espaço exterior. E finalmente uma iluminação multicolorida foi encomendada a Peter Gasper. Aquele ser discreto que, numa luz clara serenamente abria seus braços sobre à cidade à noite, foi substituído por um outro ser extravagante, que se exibe nas cores púrpura, verde, vermelho, etc. O mesmo vem ocorrendo com a catedral na Lapa. Segundo anunciado, o Cristo seguirá a liturgia católica, permanecendo roxo durante a quaresma, como os santos encobertos nas igrejas.
Seria pedir demais solicitar à igreja que considerasse a afeição laica que temos para com este Cristo, o carioca? Nunca mais teremos de volta a discrição da luz clara que quando encoberta pelas nuvens produzia uma aura de mistério no topo da montanha? É triste ver um velho conhecido se perder assim...
O monumento do Cristo Redentor foi inaugurado em 1931. Ele substituiu uma estrutura anteriormente existente que abrigava os visitantes daquele ponto de apreciação da paisagem da cidade. Um concurso realizado em 1923 escolheu o projeto do engenheiro Heitor da Silva Costa, em que o Cristo segurava uma cruz e o globo terrestre. Carlos Oswald colaborou na definição da forma do cristo com os braços abertos. A execução das mãos e da cabeça da foram do escultor francês Paul Maximilian Landowski. Os recursos para a construção foram obtidos através de uma campanha nacional para arrecadação de fundos, que foram entregues em paróquias de todo o Brasil.
Uma vez concluído, o Cristo tornou-se um símbolo da cidade, visitado por milhares de turistas todos os anos. Ao longo de sua existência já passou por algumas restaurações, bancadas por fundos privados e públicos. Nas últimas décadas acentuou-se muito essa característica de marco turístico, ficando o aspecto religioso um pouco em segundo plano. A figura que se vê no alto do Morro do Corcovado ganhou em humanidade, freqüentando todo tipo de imagens relativas à cidade, de charges em jornais ao cristo mendigo da Beija-Flor, de cartões postais a campanhas de soerguimento da autoestima carioca.
No entanto, ultimamente a igreja católica decidiu reforçar o aspecto religioso do monumento. Celebrações religiosas, que antes se resumiam ao interior da pequena capela existente aos pés do Cristo, ganharam o espaço exterior. E finalmente uma iluminação multicolorida foi encomendada a Peter Gasper. Aquele ser discreto que, numa luz clara serenamente abria seus braços sobre à cidade à noite, foi substituído por um outro ser extravagante, que se exibe nas cores púrpura, verde, vermelho, etc. O mesmo vem ocorrendo com a catedral na Lapa. Segundo anunciado, o Cristo seguirá a liturgia católica, permanecendo roxo durante a quaresma, como os santos encobertos nas igrejas.
Seria pedir demais solicitar à igreja que considerasse a afeição laica que temos para com este Cristo, o carioca? Nunca mais teremos de volta a discrição da luz clara que quando encoberta pelas nuvens produzia uma aura de mistério no topo da montanha? É triste ver um velho conhecido se perder assim...
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