O que diria o arquiteto Carlos Nelson Ferreira dos Santos, se estivesse vivo, ao ver a programada demolição dos prédios da antiga Fábrica Brahma no Catumbi? Ele que estudou as agressões dos projetos rodoviaristas ao Catumbi concordaria com esse apagar da memória industrial do bairro e da cidade? Atualmente a Brahna tem em seu terreno no Catumbi dois prédios. Um deles tem sido usado como anexo do chamado camarote da Brahma, durante o carnaval. No entanto, para ampliar o Sambódromo a Prefeitura negociou uma parceria com a Brahma: concede a licença de demolição dos dois prédios, os quais eram protegidos pelo tombamento do Sambódromo agora anulado, concede licença de construção de torres projetadas por Niemeyer e, em troca, a Brahma executa a ampliação do Sambódromo. Tudo seria normal, não fosse a perda do Patrimônio. Só o lucro fácil e o desamor para com a cidade podem responder a tais absurdos.
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Roberto, que escândalo isso! Tanta coisa que se poderia fazer com o prédio da Brahma, dando a ele um novo uso, preservando o patrimônio, a memória, a paisagem do bairro, integrando-o ao entorno, para que ele pudesse servir de costura e mediação com outros espaços. Em vez disso, opta-se, como sempre, pelo mais fácil, mais lucrativo (para poucos), passando por cima do interesse da cidade, dos moradores do bairro e até dos instrumentos legais de tombamento já existentes.
ResponderExcluirE ainda por cima, pra finalizar, torres projetadas pelo Niemeyer??? Isso não vai dar certo...
(PS: O Carlos Nelson a que vc se refere é o Carlos Nelson Ferreira dos Santos, que escreveu Quando a rua vira casa?)
Oi Ana Paula, Havia escrito errado o nome do Carlos Nelson! Obrigado pela lembrança. Pois é, troca-se o Patrimônio da cidade pelos custos da obra de ampliação do Sambódromo e sabe-se lá o que mais.
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