domingo, 15 de abril de 2012

REC Sapucaí - Brahma: fecha-se o círculo da especulação

REC Sapucaí, projeto do escritório Oscar Niemeyer

Antiga Cervejaria Brahma no Catumbi


Com o lançamento do edifício comercial REC Sapucaí, projetado por Oscar Niemeyer, fecha-se o círculo de uma operação bem sucedida de especulação imobiliária no Rio de Janeiro. Primeiramente, com a desculpa de que o Sambódromo precisava ser ampliado para as Olimpíadas, desfez-se o tombamento que protegia os prédios da cervejaria Brahma no Catumbi. Em seguida, com a promessa de poder demolir mesmo aqueles que não interferiam na projetada ampliação do Sambódromo, a Ambev custeou essa ampliação. O passo seguinte foi vender o terreno remanescente, desimpedido dos prédios anteriormente protegidos, cuja implosão foi detonada pelo próprio Prefeito Eduardo Paes. Com o projeto de Niemeyer, o terreno desimpedido e o direito de construção de uma lâmina de 19 andares, as empresas Prosperitas e Hochtief do Brasil entraram no negócio avaliado em R$ 550 milhões. A cidade perdeu seu Patrimônio, o Sambódromo avançou na sua posição de separador dos espaços do bairro do Catumbi, a Brahma livrou-se de um prédio que já não desejava restaurar, e os empresários da especulação imobiliária embolsarão muitos milhões. É o Rio que se prepara para as eleições municipais de 2012.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Aumenta o cerco...

O Congresso brasileiro se prepara para endurecer a Lei Seca, admitindo testemunhos de terceiros quanto ao estado de sobriedade do condutor do veículo. Toda esse aumento da vigilância sobre o cidadão é muito incômodo. O que é uma blitz em tempos de paz? Algo impensável em países onde se respeita os direitos individuais. Ser parado numa blitz, ser obrigado a soprar um bafômetro para provar que não bebeu, tudo isto são avanços sobre a liberdade dos indivíduos. Isto não quer dizer que não se deva defender multas e agravantes para quem se envolver em acidentes estando bêbado. Mas seria curioso ver um deputado ser parado numa blitz nos corredores do Congresso e ter que mostrar estratos bancários para provar que não está se corrompendo...