quinta-feira, 25 de maio de 2023

Ladeiras e escadinhas

Escadaria da Glória - foto Roberto Anderson
O Rio de Janeiro é uma cidade de muitos bairros altos, um pouco como Lisboa. Junto a qualquer bairro mais plano há sempre ladeiras que levam para o alto, com surpresas, belas vistas, escadarias e favelas. Há quem, por necessidade, faça esse percurso diariamente, muitas vezes a pé. E há quem utilize o serviço de motoboys e as velhas kombis, conhecidas como cabritinhos. 

Mas há também os que sobem a pé, pelo mero prazer de se exercitar, ou apenas para suprir a sua curiosidade. Diferentemente dos que fazem trilhas nas matas, eles praticam essas caminhadas urbanas olhando detalhes das construções, as árvores das calçadas ou dos terrenos, os telhados, as varandas, os portões e os muros. Tudo é motivo para observação, mesmo os buracos das ruas e das calçadas. 

Muros há muitos. Sempre altos, vedando ao máximo o olhar do passante para o interior do terreno. E sobre eles, as concertinas, aqueles rolos de aço com pontas afiadas, tipo antigas fronteiras de Berlim. Elas substituíram, quase que em 100%, os antigos cacos de vidro espetados nos topos desses muros. Comparados às concertinas, os cacos eram até ingênuos, e simpáticos em suas muitas cores. O objetivo daquelas é o mesmo: impedir invasões e roubos. Mas sua onipresença dá conta da crescente insegurança na cidade. 

No entanto, esses mesmos muros, que vedam e escondem, podem ser, eles também, objeto de observação para o caminhante mais atento. Há os em alvenaria, com a pintura tinindo de nova, há os desgastados pelo tempo, há os pichados, há os cobertos por heras, e há os que são interessantes pelo material inesperado de que são feitos, ou por reentrâncias e detalhes de que se compõem. 

As calçadas das ladeiras são animadas em sua variedade. Bem-feitas, esburacadas, de cimento, de pedras portuguesas, de placas de pedra, sem pavimentação alguma, sob carros irregularmente estacionados, que impedem a passagem dos pedestres, ou cheias de matinho nas frestas, elas são as estrelas do caminho. As sarjetas também têm a sua personalidade. Isso quando existem, porque muitas das vezes há tantas camadas de asfalto que a rua pode estar mais alta do que a calçada. E os bueiros? Existem ou foram recentemente roubados por aproveitadores que vêm depenando a cidade. Quando esse é o caso, improvisa-se uma sinalização com algum pedaço de madeira enfiado no buraco, para tentar prevenir os passantes. 

Como se vê, não faltam detalhes para animar a subida, ou a descida. Essas ladeiras nunca são monótonas, porque sempre fazem curvas e mais curvas, provocando mudanças na perspectiva, na direção da incidência dos raios do sol, e no que se vê ao redor. A cada mudança de direção, muda a paisagem, o ângulo dos morros e das montanhas, e o que se consegue ver lá embaixo, pelas frestas dos portões e dos muros.

Nessas ladeiras, sempre há uma escadinha, que corta caminho entre duas voltas da subida. É possível pegar esse bendito atalho para o alto. Ou para baixo, porque quem sobe, depois desce. Essas escadinhas são a cara do Rio, já que estão por toda parte. E há casas que dão direto para as mesmas, uma graça. O endereço delas costuma ser o nome da rua mais abaixo, seguido de números e letras. 

Mesmo sendo recantos dos mais graciosos, nossas escadinhas são sempre malcuidadas. Os corrimãos, quando os há, são incompletos, os degraus, quebrados, têm falhas, e a iluminação é deficiente. É como se o serviço de conservação da Prefeitura, que apenas decenalmente se lembra de cuidar das ladeiras, esquecesse que entre elas há escadinhas. Não é à toa que, às vezes, alguém delas se apropria, como fez Selarón com sua escada na Lapa. E olhe que ela já tinha figurado no filme A Estrela Sobe, antes de ser a escada mais fotografada do Brasil.

O Rio é diverso. É beira-mar, é o luxo dos bons bairros da Zona Sul, é a cultura dos subúrbios e a vastidão da Zona Oeste. Mas é também uma miríade de ladeiras que convidam em seu serpentear morros acima. Se tiver um tempinho, calce um tênis e suba a ladeira mais perto da sua casa. E não esqueça de pedir ao Prefeito que cuide das escadinhas. 

Artigo publicado no Diário do Rio em 18 de maio de 2023.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

Tudo parece normal

Foto do Instagram de Madrugada RJ
Um homem que caminha pelas noites do Rio registra em sua câmera a desolação das ruas vazias da cidade. Em seu caminho não há rodas de samba, nem bares cheios. Há somente o vazio das ruas de uma cidade amedrontada. Suas postagens em redes sociais mostram passarelas desertas, becos desertos, ruas desertas. Muito raramente se vê as luzes vermelhas do giroscópio de algum carro da polícia, estacionado em alguma rua também deserta. Os ladrões de fios não se deixam ver e os moradores de rua se mimetizam às calçadas. 

Tudo parece normal. Seguimos trabalhando, indo à escola ou à faculdade, cuidando dos filhos e dos mais velhos, fazendo almoços de família e, de vez em quando, encontrando os amigos. Mas a violência paira sobre o Rio de Janeiro e cidades vizinhas. 

Segundo o Instituto de Segurança Pública, essa violência vem caindo. Em 2022, os crimes de letalidade violenta no Estado do Rio de Janeiro caíram 5,8% em relação ao ano anterior (apesar de o feminicídio ter subido 30,6% naquele ano). O problema é que esses crimes ainda estão em patamares muito altos, tendo havido 4.485 vítimas em 2022. Da mesma forma, os roubos de rua caíram 6,6%. Mas como ficar tranquilo quando 62.092 pessoas sofreram esse tipo de violência, em 2022, no Estado, número esse que sabemos padecer de subnotificação.

Quase todos os dias, balas chamadas de perdidas, saídas das armas de bandidos e de policiais enlouquecidos por uma guerra sem fim, encontram corpos de crianças, em casa ou na escola, de mulheres em seus afazeres, de homens a caminho do trabalho. Guerra sem possibilidade de sucesso no caso do combate às drogas.

Entre julho de 2016 e novembro de 2022, ou seja, em pouco mais de seis anos, o Instituto Fogo Cruzado contabilizou 1.000 pessoas atingidas por balas perdidas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Neste ano de 2023, entre janeiro e abril, na mesma região, já houve 1.182 tiroteios/disparos de arma de fogo, que atingiram 14 crianças. 

Nesta semana, uma triste história. A bala não achou o menino, mas, ao contrário, ele achou uma bala não detonada. Curioso, levou-a para casa e experimentou o que aconteceria caso a aquecesse com um isqueiro. A resposta causou a sua morte. Temos que nos perguntar por que uma bala deve estar solta por aí, podendo destroçar a curiosidade de uma criança?

Essa violência não é uniforme na cidade. Buscando medir a violência nos bairros da cidade do Rio de Janeiro, a imobiliária Loft utilizou as categorias homicídio, roubo, furto e total de ocorrências levantadas pelo Instituto Fogo Cruzado. Por essas categorias, os bairros mais violentos da cidade seriam Bangu, Gericinó, Padre Miguel e Senador Camará, os quais se encontram na Zona Oeste. Enquanto isso, Santa Teresa, Gávea, Jardim Botânico, Lagoa, São Conrado e Vidigal estão entre os bairros menos violentos.

A violência é também tremendamente desuniforme, quando se considera o aspecto racial. Em 2022, 70,4% das vítimas de crimes de letalidade violenta eram pretas ou pardas, enquanto os brancos representaram apenas 20,0% do total. Como as áreas menos atingidas são aquelas de moradia das classes média e alta, e a população branca, historicamente mais privilegiada, sofre menos, há uma certa acomodação com a situação.

Mas a palavra medo está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas. Há quem saia de casa e já comece a temer. Um medo que pode parecer exagerado, mas que nasce de uma situação real. Há pessoas que sonham sair da cidade ou do país. E há a maioria, que renuncia a flanar à noite, que não se sente livre para passear apreciando o ar da noite. Se saem, o fazem de ponto a ponto, com um carro de aplicativo ou um táxi no meio.

É vital haver pessoas nas ruas, não só de dia, como de noite. Mas o medo vem mantendo as pessoas fora delas. A cidade morre quando nos acostumamos a isso. Os poderes públicos têm muito a fazer. O governo estadual, responsável pela segurança pública, precisa olhar a metrópole como um todo, e levar a todos padrões de segurança civilizada, respeitosa, não racista e efetiva. A Prefeitura, apesar de não ser responsável pelas forças de segurança, tem muito a fazer também. Se incentivar a permanência das pessoas nos espaços públicos, através da criação de espaços acolhedores e propícios ao encontro, já ajudará muito. 

Artigo publicado em 11 de maio de 2023 no Diário do Rio.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Baixo progresso social no Mangue

Contrariamente a índices econômicos, como a muito conhecida medida dos Produtos Internos Brutos – PIBs per capita dos países, o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH buscou uma apreensão mais ampla, mais focada no ser humano. Ele se organizou a partir de três dimensões básicas: a renda, a escolarização e a esperança de vida. Foi criado pelo economista paquistanês Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1998.

Durante muitos anos, a Prefeitura do Rio de Janeiro avaliou e divulgou os IDHs das diversas regiões cariocas. Mas, desde 2016 ela passou a utilizar um outro índice, o Índice de Progresso Social – IPS, aplicado às regiões administrativas. Este, criado a partir de 2010, é composto por três dimensões - necessidades humanas básicasalicerces do bem-estar e oportunidades, que por sua vez se decompõem em outros índices compostos, totalizando 36 indicadores. Dessa forma, o IPS busca apresentar um quadro mais complexo da situação das diversas comunidades humanas. 

Recentemente, a Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou uma atualização mais detalhada do IPS, referente ao ano de 2022, e tomando como unidade os bairros cariocas. Assim, ficamos sabendo que a Barra da Tijuca está no topo da classificação de progresso social no Rio, com a pontuação 79,29. Não se pode considerar uma boa notícia que esteja no topo dessa classificação o bairro mais incomum da cidade, com pouca mistura social, poucas possibilidades de interação no espaço público, em sua maior parte organizado na forma de condomínios fechados, e com mobilidade baseada no uso do automóvel. Laranjeiras, o bairro que vem logo a seguir, com índice de 77,47, é a antítese da Barra, sendo conhecido por suas rodas de chorinho, sua feira livre e suas áreas de bares e restaurantes populares.

Olhando-se para os bairros com piores índices, encontramos o Jacaré, com índice de 50,45 e, em último lugar, a Cidade Nova, com índice de 50,43. Contraditoriamente, é na Cidade Nova que se encontra a sede da Prefeitura, de onde saem as decisões que impactarão o desenvolvimento social dos bairros. Aparentemente, a administração municipal tem se mostrado incapaz de olhar o seu entorno imediato e buscar inseri-lo num processo de melhorias. 

A Cidade Nova tem esse nome em decorrência de sua ocupação tardia, já que, durante os séculos XVII e XVIII, a área urbana da cidade ocupava o conhecido perímetro entre os morros do Castelo, São Bento, Conceição e Santo Antônio. Até o início do século XIX, o processo de urbanização na direção oeste apenas havia ultrapassado o seu antigo limite, a rua dos Ourives, atual Miguel Couto, e chegado ao Campo de Santana. Isso se deu através do duro trabalho de aterramento das lagoas da Pavuna, Lampadosa e Sentinela. Fora da área central, só havia ocupações até a Lapa e a Glória ao sul, e na Prainha e Saúde ao norte, havendo também o caminho que levava ao Arraial de Mata-Porcos, atual Estácio.

Quando, finalmente, no início do século XIX, a cidade ultrapassou o Campo de Santana, teve início a difícil ocupação de uma área pantanosa, a área do Mangue. Em 1808, a chegada da corte portuguesa, com aproximadamente 15.000 pessoas, o que representava um quarto da população da cidade, mudou radicalmente a ocupação do seu solo. A instalação de D. João VI na Quinta da Boa Vista e a abertura do Caminho do Aterrado, ou das Lanternas, que levava a São Cristóvão, criou um poderoso eixo de expansão da área urbana em direção àquela região. Foram abertas e ocupadas as ruas do Lavradio, Inválidos e Resende, no antigo Pantanal de Pedro Dias. Acelerou-se o processo de drenagem e saneamento das áreas pantanosas do Mangal de São Diogo, e a área urbana ultrapassou o Campo de Santana, iniciando a ocupação das atuais ruas de Santana, Visconde do Rio Branco e Moncorvo Filho.

Os atuais baixos índices de progresso social da Cidade Nova talvez se expliquem pelo fato de que a mesma seja fruto de um processo incompleto de renovação urbana, empreendido a partir da década de 1970, quando se buscou demolir as construções antigas e alterar o seu traçado urbano. Houve a construção da sede da Prefeitura e de alguns edifícios comerciais, e a expulsão, também incompleta, de moradores pobres. Esta expulsão teve como fato mais marcante a remoção da imensa área de prostituição que ali se formou a partir da década de 1920. Calcula-se que no seu auge, nos anos 1940, oito mil mulheres ali trabalhassem. Durante a ditadura militar, já em processo de redução, a zona de prostituição foi cercada por tapumes, com entradas disfarçadas entre os mesmos, por onde os clientes se esgueiravam.

O último reduto da prostituição no Mangue foi a Vila Mimosa, uma vila que se situava onde hoje se encontra o Teleporto. A sua transferência para as proximidades da Rua Ceará provocou duas renomeações de lugares: a Rua Sotero dos Reis, que ganhou a alcunha de Vila Mimosa, e a sede da Prefeitura, que passou a ser conhecida como Piranhão. Como é nesse edifício que se originam as decisões que podem melhorar as vidas dos moradores dos bairros, está mais do que na hora de as mesmas se voltarem também para os deserdados que sobraram na Cidade Nova, sobreviventes das drásticas e autoritárias transformações que ali ocorreram.  

Artigo publicado no Diário do Rio em 05 de maio de 2023. 

Parques para as zonas Norte e Oeste

projeto para o Parque de Realengo
O absurdo desmonte do Morro do Castelo deixou a cidade com uma imensa área aberta, à qual se chamou de Esplanada do Castelo. Não havendo um projeto para sua ocupação, na segunda década do século XX foi convocado o urbanista francês Alfred Agache para planejar o que fazer. Agache acabou sendo convidado a realizar um plano para a cidade inteira, o que veio a ser o primeiro plano urbanístico da cidade a tratar de problemas complexos, como a mobilidade e a evolução urbana.


Apesar de propor a reedificação do Centro, dando sequência às reformas do período Passos que destruíram parte da arquitetura de feição mais portuguesa, o plano continha o primeiro projeto para o metrô do Rio de Janeiro e um sistema de parques. Com início na Quinta da Boa Vista, esse conjunto de grandes áreas verdes avançaria em direção à Zona Norte até alcançar o Engenho de Dentro. Infelizmente, tal proposta não foi executada e sabemos o quanto essas áreas hoje são carentes de espaços livres e de parques.


No entanto, entre erros e acertos, as gestões do Prefeito Eduardo Paes têm se notabilizado pela criação de parques em bairros pouco aquinhoados com áreas verdes. Foi assim com o Parque Madureira, criado em 2012 e ampliado em 2016, e com o Parque Olímpico de Deodoro, de 2015. Agora, as mais novas estrelas do conjunto de parques cariocas são os parques de Realengo e de Piedade. Este último ocupará uma área de 17,7 mil m², parte da antiga Universidade Gama Filho, cuja falência e fechamento foi assistida pelos poderes públicos locais, aparentemente insensíveis à perda de uma instituição de ensino do porte da Gama.


Já o Parque de Realengo será numa área de 80 mil m², na antiga fábrica de cartuchos, que homenageará a jornalista Suzana Naspolini, falecida no ano passado. O anteprojeto do parque foi realizado pela Fundação Parques e Jardins - FPJ e desenvolvido pela Ecomimesis Soluções Ecológicas, tendo sido premiado pelo IAB-RJ. Ele trará para Realengo, um bairro da quente Zona Oeste, uma nova área de lazer, com bosque, pomar, espaços para esportes e para crianças, e espaços dedicados à cultura e à educação. Na sua concepção foram aplicadas propostas de um paisagismo que busca soluções baseadas na natureza. Assim, estão previstas biovaletas, jardins de acomodação, que recebem as águas pluviais filtradas pelas biovaletas, jardins de chuva, hortas comunitárias, e outros itens que fazem parte do repertório mais atual do paisagismo.


Por demanda do prefeito, estão previstas também cinco torres de 17, 25 e 40 metros de altura, inspiradas nas superárvores existentes no Gardens by the Bay, em Cingapura. As superárvores daquele parque são 18 estruturas, que chegam até 50 metros de altura, construídas em concreto e metal. Elas são revestidas por plantas naturais, possuem placas coletoras de energia solar e reservatórios de água da chuva, a qual é utilizada para irrigação das plantas do próprio parque. São, além disso, iluminadas à noite, como parte de um espetáculo de som e luzes. E podem ser percorridas por passarelas que as conectam, havendo no alto de uma delas um bar e restaurante. Tudo dentro de um parque com dimensões colossais, que é parte importante do projeto de transformar Cingapura num grande jardim. 


As Torres do Parque de Realengo deverão aspergir vapor d'água para amenizar a temperatura, a exemplo do que foi projetado nos calçadões de Bangu e de Campo Grande. É uma ideia interessante, mas temerária, já que, como boa parte dos chafarizes da cidade, os vaporizadores dos nossos calçadões já não funcionam. A verdade é que as administrações públicas do Rio têm dificuldades em manter equipamentos urbanos funcionando. Também a exemplo das torres de Cingapura, há previsão de que as torres de Realengo tenham iluminação cênica noturna, marcando a paisagem daquele bairro.


Os projetos recentes de parques mais sustentáveis no Rio de Janeiro são frutos da recuperação da FPJ empreendida pela equipe que lá esteve no início da atual gestão do prefeito. O ex-prefeito Crivella havia levado a Fundação para a Secretaria do Envelhecimento e retalhado a mesma entre os interesses de diversos políticos da sua base de apoio. Com a mudança na Prefeitura, no início de 2021 foi formada uma nova equipe de arquitetos, paisagistas, engenheiros florestais e biólogos na Fundação Parques e Jardins.


Porém, como são muitas as mudanças políticas na Prefeitura, e elas sempre atingem a Fundação, grande parte daquela excelente equipe técnica já não mais trabalha lá. Ficou o legado do seu esforço e dedicação, na forma de propostas de um paisagismo mais sustentável, como o projeto para o Parque de Realengo. Que venham outros, como o de Senador Camará, em imenso terreno lá existente, destinado a um parque, mas nunca concretizado.


Artigo publicado no Diário do Rio em 27 de abril de 2023.