domingo, 23 de dezembro de 2012

A Câmara, o Prefeito e as maldades

Aprendizes de feiticeiro ou feiticeiros natos? O prefeito Eduardo Paes mandou para a Câmara de Vereadores projetos de lei que alteram parâmetros construtivos na Barra e prejudicam áreas de preservação, como a APA  Marapendi. Envolvem a construção do Campo de Golfe na reserva, aumento de potenciais construtivos, etc. Os vereadores da sua base aperfeiçoaram as maldades do projeto, dando muito mais vantagens à especulação imobiliária. Agora o Prefeito posa de indignado e os vereadores o desmentem dizendo que as alterações partiram mesmo da Prefeitura. Jorge Pereira (PT do B, o que vem a ser isso?), vereador que promoveu boa parte das emendas ao projeto ameaça desmascarar o Prefeito: "O problema é que o Prefeito não assume situações impopulares. Basta lembrar a taxa de iluminação pública." Quem tem menos razão??!!


sábado, 8 de dezembro de 2012

Caquinhos substituem o anfiteatro da Lapa

Reurbanização da Lapa em 1992
Anfiteatro do Largo da Lapa
Área plana já sem o anfiteatro

Cacos de pedras reaproveitados

Caquinhos de pedras costaneiras 


Em 1992, com projeto do arquiteto Augusto Ivan, a Lapa foi reurbanizada. Uma das intenções do projeto era reordenar a geometria das vias, já que as diversas demolições ali ocorridas tinham resultado em calçadas estreitas, largas vias para automóveis e sentidos conflitantes das mesmas em relação à disposição do casario. Havia, ainda a intenção de dotar o entorno dos Arcos da Lapa de um projeto paisagístico à sua altura.
  
O projeto então realizado criou um anfiteatro no largo diante dos Arcos, em que os degraus eram construídos com lajedos, aquelas enormes placas de pedra que pavimentavam algumas calçadas de antigamente. Nos anos que se seguiram, esse anfiteatro recebeu diversas manifestações artísticas, como peças de teatro, apresentações de grupos circenses, espetáculos de rock e o animado carnaval da Lapa.

No entanto, a atual administração cismou com o anfiteatro, alegando que crianças de rua ali se escondiam após realizarem pequenos furtos. Ao invés de reforçar o policiamento, decidiram por sua demolição. No seu lugar ficou apenas uma área pavimentada, pobre em termos de concepção paisagística. Os lajedos foram dispostos em semicírculo e as pedras costaneiras, algumas já muito danificadas foram reaproveitadas. Não houve sequer o cuidado de substituir aquelas já muito danificadas, resultando em áreas que são verdadeiros painéis de caquinhos. A cidade perdeu um espaço de apresentações artísticas e poucos se deram conta. Uma pena.