quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

O Estado do Rio patina no Pisa


Comparando os dados de 2006 com os de 2009 do Programa Internacional de Avaliação de Alunos – Pisa, que avalia o desempenho de estudantes de 15 anos, o movimento Todos pela Educação (1) conclui duas coisas importantes. Uma, que nesse período o Brasil teve a terceira maior evolução nas médias das 65 nações que participaram do programa. Outra, que o Estado do Rio de Janeiro foi o único da Região Sudeste a perder pontos também nesse período, além de ter apresentado a menor evolução da Região. O Estado do Rio de Janeiro ficou parado nos itens matemática (ganhou apenas dois pontos) e ciência (ganhou apenas um ponto). Em compensação, perdeu sete pontos em leitura, o terceiro item da avaliação do programa.
A percepção geral é de que o atual momento por que passa o Estado é de exuberância econômica. Há até mesmo confiança no futuro. Mas como ter esta confiança com nossos jovens recebendo este tipo de formação? Certamente, há algo de muito errado no modelo de desenvolvimento que vem sendo adotado.
(1) Movimento financiado pela iniciativa privada que objetiva promover a educação.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Demolição da Perimetral

Elevado da Perimetral no Rio de Janeiro - Foto: Roberto Anderson

Talvez seja um enorme equívoco, mas não está havendo discussão suficiente. Por que não reconvertê-lo? A palavra de ordem no mundo é a reconversão! Ele pode vir a ser o leito de um sistema de transportes sobre trilhos, como proposto por alunos da FAU/UFRJ, ou pode ser um parque suspenso, como o Highline em NYC. Mas tirar carros do alto para enterrá-los num túnel, com dinheiro público, é trocar seis por meia dúzia. O Lula não precisa saber de urbanismo, mas do jeito que vão as coisas, se derem a ele a chance de lançar a pedra fundamental de aterro da Baia de Guanabara, ele vai em frente. Basta um desses aliados dele do PMDB pedir!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

Implosão no Fundão

Foto Severino Silva/Agência O Dia

Uma parte considerável do edifício que abriga o Hospital Universitario Clementino Fraga Filho, no Fundão, foi implodida neste domingo, 19 de dezembro de 2010. O projeto do edifício é do arquiteto Jorge Moreira, mesmo autor do projeto da FAU/UFRJ, e permaneceu inacabado. Esta parte implodida, chamada de "perna seca", por falta de cuidados, terminou apresentando problemas estruturais. Ela correspondia a praticamente a metade de toda a edificação.
O que impressiona é que tantos edifícios de qualidade duvidosa tenham sido construídos nas ultimas décadas no Fundão e não se tenha aproveitado a estrutura do prédio de Jorge Moreira para receber os cursos que exigiram essas novas construções. Como pode o poder publico se dar ao luxo de ver investimentos se deteriorem até chegarem a este ponto?

domingo, 12 de dezembro de 2010

Cervejaria Brahma

Construção do Sambódromo, vendo-se a cervejaria Brahma à esquerda

Os prédios da antiga cervejaria Brahma no Catumbi acabam de ser condenados! Eles são os últimos resquícios do passado fabril daquele bairro. No passado, o Catumbi foi retalhado para a abertura da Linha Lilás, o que gerou uma diáspora dos seus antigos moradores e a perda de identidade. Mais tarde, com a construção do Sambódromo, outra parte do casario restante também foi demolida. Mesmo assim a Brahma resistiu todos esses anos, já que nesse período por diversas vezes foi negada a autorização para sua demolição. No entanto, agora essa demolição é iminente.
O Sambódromo, apesar de sua inserção problemática no bairro, foi tombado pelo Estado do Rio de Janeiro a pedido de Darci Ribeiro. Nesse tombamento, a cervejaria Brahma foi incluída como área de sua ambiência. Não era um tombamento, mas significava uma proteção à cervejaria. No entanto, pouco a pouco, a empresa passou a demolir o interior do prédio mais próximo ao Sambódromo. Agora, em função das Olimpíadas - sempre elas – o Sambódromo vai ser ampliado às custas da demolição desse prédio. Como se não bastasse, o outro prédio que se encontra afastado e a chaminé também deverão ir ao chão, já que a empresa planeja trocar seu investimento no Sambodromo pelo direito de construir um prédio negro de Niemeyer no terreno. A Ambev ira vender esse direito ao repassar o terreno a terceiros.
A antiga cervejaria Brahma tem um certo valor histórico, pois é parte de um período em que aquela área tinha indústrias e fábricas. Tem, também, valor paisagístico, já que marca a paisagem local já há tantos anos. A sua perda é mais um golpe na identidade do Catumbi e uma perda para toda a cidade.