domingo, 14 de novembro de 2010

Castor

cartaz em parede de Berlim - Foto: Roberto Anderson

Em todo o mundo, a questão nuclear sempre foi um dos temas centrais da ação dos ambientalistas. A recusa à energia nuclear motivou muitas das lutas que, entre outras coisas, produziram os partidos verdes. Na Alemanha, quando este partido compartilhou o governo, conseguiu-se uma moratória da criação de novas usinas nucleares. Mas os conservadores, atualmente no poder, têm ampliado o prazo de funcionamento de usinas atômicas que estavam para ser desativadas.

A recente passagem do trem "Castor" pela Alemanha com rejeitos nucleares provenientes da França provocou uma enorme celeuma. Os ativistas contrários a essa passagem buscaram de todas as maneiras boicotá-la, inclusive com o recurso à tentativa de inabilitação de partes da linha férrea. Foi necessário um cordão de policiais por vários quilômetros ao longo da mesma. Os ativistas provaram que havia exposição desses policiais a algum nível de radioatividade e a polícia não quer repetir esse tipo de operação.

Por outro lado, já há defensores da sustentabilidade que começam a repensar o uso de usinas nucleares como opção a outros combustíveis poluentes, como os fósseis. O destino final dos rejeitos nucleares é um problema gigantesco, assim como a sempre presente possibilidade de um acidente nas usinas. Quando tais problemas são minimizados, uma operação de difícil execução, tanto no plano prático, como no plano teórico, a energia nuclear pode parecer uma real opção a energias emissoras de gases e partículas do efeito estufa. Para se posicionar com propriedade nesse debate é necessário muita discussão e mais circulação de informações.

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